As doze virtudes morais de Aristóteles

Como a natureza humana é complexa e frequentemente tende ao oposto da eudaimonia, da mesma forma que as circunstâncias, o homem deve submeter-se a regras e critérios racionais para obter equilíbrio em pelo menos doze instâncias. Esse equilíbrio se dá por meio das doze virtudes morais, as quais devem ser desenvolvidas no homem:

1. a coragem, que se constitui de um equilíbrio entre a sensação de medo e de confiança;

2. a temperança, que é o equilíbrio entre prazeres e dores;

3. a liberalidade, que é um equilíbrio entre o dar e o receber ou reter dinheiro;

4. a magnificência, que é o equilíbrio do dinheiro dado em grandes quantidades, pois seu excesso é vulgar e de mau gosto e sua deficiência é a mesquinhez;

5. o justo orgulho, que é o equilíbrio entre a honra e a desonra;

6. o anônimo, é o equilíbrio entre a ambição e a desambição;

7. a calma, que é o equilíbrio entre a cólera e a pacatez;

8. a veracidade, que é o equilíbrio entre o exagero e a falsa modéstia;

9. a espirituosidade, que é o equilíbrio entre a aprazabilidade e a rusticidade;

10. a amabilidade, que é o equilíbrio entre ser obsequioso e ser mal-humorado;

11. a modéstia, que é o equilíbrio entre o acanhado e o despudorado; e

12. a justa indignação, que é o equilíbrio entre a inveja e o despeito.

Portanto, os atos morais, para Aristóteles (2007, p. 88), são aqueles que, depois da deliberação, com o auxílio da prudência, são realizados.


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