Eu achei muito interessante os paralelos existentes entre a sabedoria semita e a sabedoria que se desenvolveu com os filósofos gregos pré-socráticos. Não ficou claro para mim, porém, se houve alguma apropriação, mas parecem conceitos bastante próximos.
Inclusive em minhas leituras por aí vi que houve uma figura no Egito chamada de Hermes Trismegistus (tem o texto dele na biblioteca), que possivelmente foi um grande sábio e que também trouxe a ideia da unidade em seus textos. Conhecido como Hermes “três vezes grande”, ele traz na sua obra as 3 iniciações: a) a percepção inicial do eu ontológico b) a observação do sagrado que não sou eu e c) sendo o ápice da sua sabedoria, que eu mesmo sou o sagrado. O que é uma coisa que influenciou uma série de filósofos e pensadores através dos tempos.
Ligando agora com a sabedoria semita, é interessando notar que para eles a sabedoria estava ligada com a “arte de fazer”, a destreza em sí, e a “arte de viver”, passar o conhecimento adquido adiante.
Já para os gregos havia um outro conceito para a “sabedoria”, apesar de semelhante. A razão (conforme desenvolvida nos pré-socráticos) era a principal ferramenta de investigação da realidade.
Esse incremento da sabedoria semitica, por assim dizer, permitiu que uma gama gigante de novos tipos de conhecimento fossem agregados ao ato de pensar: matemática (provavelmente do egito). Houve também uma discussão mais profunda sobre a relação da alma e corpo com o sagrado, e a discussão (talvez um tanto quanto inicial) sobre as relações do todo com o um, através da discussão e da busca do Arché (origem). Essa discussão era estritamente oposta ao politeísmo grego, por isso foi rejeitada na época. A discussão toma corpo com Xonófanes e Heráclito.
Talvez podemos dizer que eles foram os precursores da unificação posterior da religião cristã em Roma?
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